segunda-feira, 23 de março de 2009

Os mIcos MaluCos

Nada como um encontro de bons amigos que não se vêem há muito tempo. E nada como comemorar isso em lugares especiais, como no meio da mãe natureza e em grandes picos como a Ponta dos Seixas. É a gente queria ficar o mais perto possível da África. Só que mais do que uma pedra, tinha um mar enorme no meio e não seria aula de natação que resolveria o problema, mas de toda forma devíamos ter chamado o nadador famoso, talvez ele fosse gostar da programação. Potato! Ele gostaria.

Trilhas bonitas, praias do litoral norte ao sul. Não vou dizer se o pior foi alguém viajar de Tocantins até a Paraíba pra me ver com direito a todos os infortúnios do mundo, ou se foi escutar essa ladainha na minha cabeça todos os dias, como um sino de igreja tocando e nem lembro mais o número de quilômetros. Eu não NEGO vai, foi um herói. Mas de qualquer forma, lembro das aulas de matemática da sexta série, quando eu era uma boa aluna, e o sinal de está contido para mim pode ser elevado, nesse caso, a uma potencia de base dez, ao número de viagens que foram possíveis em uma única viagem. E eles estavam presentes em todas elas: Os micos, vulgo sagüins.

Até o momento eu achava esses animais muito simpáticos. Se não fosse a ocasião em que pareciam mais saqueadores. O ser humano se acha mesmo, mas talvez mudasse de idéia se estivesse no meio de uma revolta dos micos assassinos do litoral. E quantos eram! Incontáveis. O ataque começou por terra, um ou dois lentamente, devem ter o olfato bastante aguçado, depois foi aéreo, e essa era a maior especialidade deles, muitas árvores e muito gingado, as minhas percepções já não davam mais conta da sua agilidade. Praticamente um bombardeio. Eram muitos! E as crianças inocentes pagando pra ver, são eles de novo! Até aqui! Talvez eles quisessem só se aproximar, puxar uma banquinho e sentar, mas o sentimento natural dos animais seria fugir, ou reconhecer outra espécie com um sentimento de medo. Não era o caso deles. Além do que era muito surreal aquilo tudo, já imaginou várias cenas repetidas em locações diferentes, mas um pedaço da Mata Atlântica sempre estava lá, vai. Só que ela não saia em comboio atrás das pessoas!

Verdadeira perseguição. Foi difícil sobreviver, se não fossemos tão bem treinados, a correr, lógico, tinham nos deixado de tanga literalmente. E as pessoas ainda não acreditam, acham que é história de pescador, canto da carochinha... Mas hoje penso que isso poderia ser evitado. Só era ter deixado uma coisa pra o santo, ou... Para os micos. Aí tinha ficado tudo em paz. A gente ainda paga mico só para vocês.

2 comentários:

Unknown disse...

depois de ler, acho que malucos não são os micos, somos nós....
esse tal de bicho homem que tenta separar natureza e cultura, e assim se distanciar da natureza, criando uma natureza própria.
ae vem os bichos na sua doidera animal, nos lembrar que nós somos bicho homem....

Antônio Fabrício disse...

o mal da sociedade são os micos
mimos, medos, mediocridades e a merda da mediação.
macacos me mordam!
meditar com os micos é pura imersão.
mucambo, mulambo e "fernando de noronha"... se é que vc me entende!